Em um movimento histórico para a categoria dos servidores dos Ministérios Públicos Estaduais, os colegas de Goiás entram em greve a partir da próxima segunda-feira (15) . A decisão tomada em Assembleia Geral, será oficialmente comunicada à Administração Superior do MPGO nesta terça-feira (09). A categoria está em estado de greve desde novembro do ano passado e reivindica reajuste salarial e atualização das atribuições dos cargos.
Conforme explica o presidente do Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Goiás (Sindsemp), Gilclésio Campos, com o avanço tecnológico, houve aumento da demanda de trabalho, ocasionando também desvio de função dos servidores.
Desde 2020, o sindicato vem lutando por uma atualização do Plano de Carreira dos servidores do MPGO: “É necessário e urgente que seja feita uma reestruturação de cargos e carreira do serviço auxiliar no MPGO, bem como de um novo PCS, compatível com as atuais demandas da instituição”, cobra Campos.
O sindicalista também denuncia que, há anos, os servidores do MPGO registram perdas salariais. “Já são 12 anos sem aumento real de salário. Temos mais de 15% em percentuais simples de perdas inflacionárias, referentes a 3 anos sem a reposição inflacionária constitucional (Revisão Geral Anual). Também perdemos quinquênio e licença-prêmio”, pontua.
No dia 15 de novembro de 2022, o sindicato protocolou um novo pedido de majoração dos vencimentos e informou o MPGO que a greve seria deflagrada após transcorridos 2 meses da posse do novo Procurador-Geral de Justiça, Cyro Terra, que aconteceu em 08 de março deste ano.
Como não houve avanço na pauta durante esse período, a categoria irá paralisar suas atividades a partir de segunda-feira (15), mantendo apenas um número mínimo de servidores em exercício.
“Os pleitos dos colegas de Goiás são absolutamente justos e este foi o último recurso possível, pois foram esgotadas todas as vias de negociação sem que houvesse avanço. Os servidores de Goiás e o SINDSEMP têm o nosso total apoio”, ressaltou a coordenadora jurídica da FENAMP, Vânia Leal.
A FENAMP e a ANSEMP estão acompanhando o movimento grevista de Goiás e prestarão todo o apoio político e jurídico necessário.
Com informações: Jornal Opção.